terça-feira, 2 de setembro de 2008

A Ditadora

A presidente do Grémio (Social, Cultural e Recreativo do Souto) tem tiques de autoritarismo. No meio dos vogais e secretários, do conselho fiscal, da equipa de futsal, dos 3 gajos da malha, 4 do chinquilho e o motorista da vagonnete, ninguém é capaz de contrariar a tipa. Ela chama-lhes "maricas" e ninguém abre a bocarra a desdizer. "Faz o fax para a Associação, Tomé!", "mas eu num posso, tenho o computadore abariado", 'tou-me nas tintas para isso, pede ó Romeu, quero essa merda feita até às 5 da tarde de amanhã"; "'tá bem, prontos"; "Abreu,'tas puribido de dizeres isso a quem quer que seja", "Mas...", "mas nada, és um trambolho", "sou um trambolho, sra. Presidenta!?", "Sim, Abreu, daqueles verdes com pus!"Nas reuniões tratam-na com tanta deferência e servilismo que as actas aparecem feitas antes da reunião acabar; trazem-lhe lenços de papel mesmo antes de estar ranhosa...O que é certo é que já está no 3º mandato, vai para o 4º e ninguém a quer de lá para fora, as contas estão certas e as minis do bar deixaram de desaparecer.
De dia escriturária nas Marquises Raimundo, à noite Estaline no Grémio.